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No dia 11 completou duas décadas da libertação do advogado e líder político Nelson Rolihlahla Mandela, ícone da luta contra o Apartheid, na África do Sul. Em 1990, aos 72 anos, deixava o presídio de Robben Island, na Cidade do Cabo. Quatro anos mais tarde se tornaria o primeiro presidente negro de seu país.
O regime de segregação racial sul-africano vinha de longa data, Gandhi lutou contra isso desde o século 19. Mas a situação se impôs completamente, com uma legislatura impiedosa, quando da vitória, nas eleições de 1948, dos africânderes (estabelecidos na região a partir dos séculos 17 e 18, descendentes de colonos calvinistas dos Países Baixos, além da Alemanha e da França).
Principal opositor do Apartheid, sistema que não reconhecia os direitos políticos, sociais e econômicos dos negros, Mandela, Prêmio Nobel da Paz de 1993 ao lado do ex-presidente sul-africano Frederik Willem de Klerk, é considerado um dos mais fortes emblemas da luta pela liberdade.
Perto de completar 92 anos, dedicamos ao seu poderoso coração este aforismo que cunhei, o qual reflete de modo irretocável a sua lição de vida: Ninguém aprisiona o Espírito de um Homem livre.
Em 1997, Nelson Mandela foi condecorado, no Brasil, com a Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, láurea entregue pelo ParlaMundi da LBV àqueles que mais se destacam em suas áreas de atuação e tendo como princípio básico a Solidariedade sem fronteiras.
HOMENAGENS AO TBV
Com gáudio recebo a notícia de Gizelle Tonin de Almeida, superintendente de Marketing e Comunicação da LBV, sobre mais um importante reconhecimento popular e cultural do Templo da Boa Vontade, TBV, instalado em Brasília/DF, desta vez pelo Grêmio Recreativo Escola de Samba Tom Maior, do grupo especial de São Paulo/SP. Neste ano, a escola desfila no Sambódromo do Anhembi, no dia 13, com o enredo “Brasília, do sonho à realidade – São Paulo homenageia os 50 anos da capital coração do Brasil”. O TBV, monumento mais visitado do Distrito Federal, uma das Sete Maravilhas de Brasília, está em destaque no belo carro alegórico que traduz a mística do 3o milênio, ao retratar símbolos religiosos e de fé presentes na capital do país.
Nossos agradecimentos aos amigos da Tom Maior, na figura de seu presidente, Marko Antonio da Silva, e do carnavalesco Roberto Szaniecki.
Gratos ficamos igualmente à Associação Recreativa e Cultural Mocidade Unida da Glória, de Vitória/ES, que, no enredo “Deixei de ser moderna, para ser eterna... Brasília!”, apresentou, no dia 5, o Templo da Boa Vontade nas vestimentas alegóricas da ala intitulada “Guardiães da Espiritualidade”. Nossa saudação ao presidente da escola, Carlos Roberto dos Santos Ribeiro, e ao carnavalesco Petterson Alves.
ALEGRIA SEM BAIXARIA
Na LBV, desde os seus primórdios, comemoramos o Carnaval da Bondade, que propõe alegria sem baixaria.
A Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV e internet) permanece no ar 24 horas a serviço do Ser Humano e seu Espírito eterno. Na década de 1980, na Folha de S.Paulo, comentei que o sofrimento não quer saber se hoje é folia, feriado, dia santo; se chove ou se faz sol, as pessoas continuam padecendo... E justamente por conhecer os dramas das criaturas, a LBV não cessa o seu generoso trabalho de levar a mensagem do Novo Mandamento do Cristo — “Amai-vos como Eu vos amei” (Evangelho segundo João, 13:34) — aos seres desesperados, aos corações sequiosos de uma palavra de ânimo, mesmo em dias de carnaval.
Eis o espírito que norteia nossos festejos no Carnaval da Bondade. Aliás, os compositores legionários fizeram um samba daqueles, cujo refrão já anuncia, no abre-alas: “O Carnaval da Bondade é Amor./ É Fraternidade com fervor./ O Carnaval da Bondade é alegria,/ fazemos Caridade noite e dia”. Está aí. Com letra e música de Marcos Costa, o samba é puxado por Zé Paulo.
E salve o Carnaval da Bondade! Hosanas à Cruzada Salvemos Vidas, da LBV!
50 ANOS
O Portal Boa Vontade registrou as comemorações dos 50 anos da Associação Recreativa Julio Mesquita, na segunda-feira, 1o de fevereiro, em São Paulo/SP. O evento contou com a participação do Coral Ecumênico Infantil Boa Vontade. A convite da instituição aniversariante, as crianças da LBV abrilhantaram a cerimônia, prestigiada por dirigentes e funcionários do Grupo Estado. O seu diretor-presidente, Silvio Genesini, afirmou: “Ficamos muito contentes com a festa, porque a LBV pôde participar. É uma data muito especial”.
Com vasto repertório, o Coral encantou a todos, apresentando melodias que exaltam a valorização da Natureza e a Paz. Nos jardins do Estadão, os pequeninos da LBV foram chamados a plantar uma muda de ipê-amarelo, cuja flor é símbolo nacional, marcando o ápice da solenidade.
José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
BRASIL E ABALOS SÍSMICOS
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O Brasil registrou, no dia 11, um terremoto de magnitude 4,3 em Taipu, litoral do Rio Grande do Norte, segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis-UnB). O abalo foi sentido por algumas cidades do Nordeste, contudo não há relatos de danos ou feridos.
Diante dos recentes fatos, alguém pode arguir se corremos o risco de vivenciar tragédia causada por forte tremor de terra.
Em reportagem da BBC Brasil em Londres, assinada por Maria Luisa Cavalcanti, o chefe do Obsis-UnB, George Sand França, aponta que “a hipótese de um terremoto de consequências graves no Brasil é muito rara, mas não pode ser descartada”. Na entrevista, “França enumera uma série de fatores que poderiam influenciar no resultado de um tremor em território brasileiro, como o aumento da densidade populacional, a falta de estruturas resistentes a abalos e comparações com catástrofes ocorridas em locais com características geológicas semelhantes. (...) Desde o início das primeiras medições instrumentais, no início da década de 50, o tremor mais forte já registrado no Brasil atingiu 6,2 graus e ocorreu em 1955 em Porto dos Gaúchos/MT. ‘Hoje, a concentração demográfica da região é muito maior, então dá para se imaginar o que pode acontecer se houver um terremoto igual novamente’, afirmou França. (...). Já para o britânico Julian Bommer, professor de avaliação de risco de terremotos da Imperial College, de Londres, a frequência e a intensidade dos tremores no Brasil não justificam um investimento em estruturas específicas para resistir a abalos. ‘É melhor gastar com a proteção a incidentes mais comuns e urgentes no país, como a violência e as inundações’, afirmou ele à BBC Brasil. ‘Apenas para estruturas mais críticas, como barragens e usinas nucleares, deveria se investir em construções antissísmicas.’ Bommer, no entanto, endossa a ideia de que, apesar de ser uma possibilidade muito pequena, o Brasil pode estar sujeito a um terremoto de consequências graves”.
O FUTURO DE GAIA
O momento convida a uma profunda reflexão sobre o grau de influência com que nós, Humanidade, temos contribuído para o recrudescimento desses tristes fatos por que passa o orbe: secas; enchentes; deslizamentos; camada de ozônio ferida; as 271 ultrapassagens do padrão aceitável da qualidade do ar para a saúde, provocadas pelo ozônio em 2009, em São Paulo, um acréscimo de 34% em relação a 2008, de acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Sem contar a falta de prioridade, no caso do Brasil, em construções à prova de sismos. A respeito desse último item, entende-se, porquanto por aqui nada tivemos de verdadeiramente assombroso.
Meditar e agir em prol da melhoria do planeta não é mais bandeira de alguns idealistas; é plano de salvação de nossa morada coletiva. O futuro de Gaia nunca esteve tão dependente de nossa atitude.
MEMÓRIAS
O veterano jornalista Sebastião Nery, um dos mais respeitados da atualidade, lançou, com grande prestígio, o livro A Nuvem – O que ficou do que passou – 50 anos de História do Brasil.
Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Rádio, Nery comentou a obra: “Em 15 livros, contei a história dos outros. Agora, achei que era a hora de continuar contando a história dos outros, mas a partir de mim. É um depoimento de todas as coisas que vi, de Getúlio a Lula. É um relato sobre a vida política do Brasil destes cinquenta e tantos anos e, sobretudo, a minha vida profissional de jornalista, porque há cinquenta e cinco anos escrevo em jornais todos os dias”.
Minha amizade com Sebastião Nery é antiga. Conhecemo-nos desde que eu era muito novo, conforme ele próprio lembra: “Quando cheguei ao Rio de Janeiro, trabalhava na TV Globo, mas também na Rádio Mundial, onde imperava o nosso saudoso e sábio, era um homem sábio, Alziro Zarur. Lá conheci o nosso Paiva Netto, que é mais novo do que eu; éramos muito jovens, mas já era a pessoa da absoluta confiança do Alziro Zarur, era o sucessor. Tanto era, que brincava com ele, dizendo: Ei, sucessor! Porque ele era realmente uma pessoa muito bem dotada, como provou depois, com uma visão muito clara do Cristianismo. (...) E a minha admiração por ele vem sobretudo daí; ele não deixou a peteca cair. Pegou uma grande Obra e ampliou-a e tornou a Legião da Boa Vontade esta coisa fantástica”.
O autor, como sempre generoso, enviou-me um exemplar de seu novo trabalho, com a seguinte mensagem: “Meu irmão, que honra assinar este livro para você! A amizade do Sebastião Nery. Rio, 2009”.
Grato, Nery, por sua bondade.
José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
O Brasil registrou, no dia 11, um terremoto de magnitude 4,3 em Taipu, litoral do Rio Grande do Norte, segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis-UnB). O abalo foi sentido por algumas cidades do Nordeste, contudo não há relatos de danos ou feridos.
Diante dos recentes fatos, alguém pode arguir se corremos o risco de vivenciar tragédia causada por forte tremor de terra.
Em reportagem da BBC Brasil em Londres, assinada por Maria Luisa Cavalcanti, o chefe do Obsis-UnB, George Sand França, aponta que “a hipótese de um terremoto de consequências graves no Brasil é muito rara, mas não pode ser descartada”. Na entrevista, “França enumera uma série de fatores que poderiam influenciar no resultado de um tremor em território brasileiro, como o aumento da densidade populacional, a falta de estruturas resistentes a abalos e comparações com catástrofes ocorridas em locais com características geológicas semelhantes. (...) Desde o início das primeiras medições instrumentais, no início da década de 50, o tremor mais forte já registrado no Brasil atingiu 6,2 graus e ocorreu em 1955 em Porto dos Gaúchos/MT. ‘Hoje, a concentração demográfica da região é muito maior, então dá para se imaginar o que pode acontecer se houver um terremoto igual novamente’, afirmou França. (...). Já para o britânico Julian Bommer, professor de avaliação de risco de terremotos da Imperial College, de Londres, a frequência e a intensidade dos tremores no Brasil não justificam um investimento em estruturas específicas para resistir a abalos. ‘É melhor gastar com a proteção a incidentes mais comuns e urgentes no país, como a violência e as inundações’, afirmou ele à BBC Brasil. ‘Apenas para estruturas mais críticas, como barragens e usinas nucleares, deveria se investir em construções antissísmicas.’ Bommer, no entanto, endossa a ideia de que, apesar de ser uma possibilidade muito pequena, o Brasil pode estar sujeito a um terremoto de consequências graves”.
O FUTURO DE GAIA
O momento convida a uma profunda reflexão sobre o grau de influência com que nós, Humanidade, temos contribuído para o recrudescimento desses tristes fatos por que passa o orbe: secas; enchentes; deslizamentos; camada de ozônio ferida; as 271 ultrapassagens do padrão aceitável da qualidade do ar para a saúde, provocadas pelo ozônio em 2009, em São Paulo, um acréscimo de 34% em relação a 2008, de acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Sem contar a falta de prioridade, no caso do Brasil, em construções à prova de sismos. A respeito desse último item, entende-se, porquanto por aqui nada tivemos de verdadeiramente assombroso.
Meditar e agir em prol da melhoria do planeta não é mais bandeira de alguns idealistas; é plano de salvação de nossa morada coletiva. O futuro de Gaia nunca esteve tão dependente de nossa atitude.
MEMÓRIAS
O veterano jornalista Sebastião Nery, um dos mais respeitados da atualidade, lançou, com grande prestígio, o livro A Nuvem – O que ficou do que passou – 50 anos de História do Brasil.
Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Rádio, Nery comentou a obra: “Em 15 livros, contei a história dos outros. Agora, achei que era a hora de continuar contando a história dos outros, mas a partir de mim. É um depoimento de todas as coisas que vi, de Getúlio a Lula. É um relato sobre a vida política do Brasil destes cinquenta e tantos anos e, sobretudo, a minha vida profissional de jornalista, porque há cinquenta e cinco anos escrevo em jornais todos os dias”.
Minha amizade com Sebastião Nery é antiga. Conhecemo-nos desde que eu era muito novo, conforme ele próprio lembra: “Quando cheguei ao Rio de Janeiro, trabalhava na TV Globo, mas também na Rádio Mundial, onde imperava o nosso saudoso e sábio, era um homem sábio, Alziro Zarur. Lá conheci o nosso Paiva Netto, que é mais novo do que eu; éramos muito jovens, mas já era a pessoa da absoluta confiança do Alziro Zarur, era o sucessor. Tanto era, que brincava com ele, dizendo: Ei, sucessor! Porque ele era realmente uma pessoa muito bem dotada, como provou depois, com uma visão muito clara do Cristianismo. (...) E a minha admiração por ele vem sobretudo daí; ele não deixou a peteca cair. Pegou uma grande Obra e ampliou-a e tornou a Legião da Boa Vontade esta coisa fantástica”.
O autor, como sempre generoso, enviou-me um exemplar de seu novo trabalho, com a seguinte mensagem: “Meu irmão, que honra assinar este livro para você! A amizade do Sebastião Nery. Rio, 2009”.
Grato, Nery, por sua bondade.
José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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