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Ao raiar de 2010, a fraterníssima Legião da Boa Vontade completará 60 anos de profícua existência. Seis décadas ao lado do povo, ajudando-o a suplantar as mais árduas pelejas da vida. Nascida na cidade do Rio de Janeiro, no dia da Confraternização Universal, em 1o de janeiro de 1950, pela genialidade do saudoso jornalista, radialista e ativista social Alziro Zarur (1914-1979), a LBV tem como logomarca um coração azul, entrelaçado por 34 elos – referência ao número do versículo do capítulo 13 do Evangelho de Jesus segundo João: “Amai-vos como Eu vos amei”. Nela ainda se lê o Cântico dos Anjos aos pastores no campo, quando do nascimento do Cristo Ecumênico: “Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade”. É o grande símbolo de sua atuação solidária e ecumênica, quer dizer, universal.
A comemoração dessa data dá-se graças ao apoio popular. Vem dele a força motriz que levou a Instituição, em 2009, a cumprir o desafio, lançado por ela mesma, de distribuir, em todo o Brasil, a famílias de baixa renda, mais de um milhão de quilos de alimentos. Isso sem contar os seus programas socioeducacionais, pautados pela Pedagogia do Afeto e pela Pedagogia do Cidadão Ecumênico que asseguram diariamente um padrão de qualidade nas ações voltadas às crianças, aos jovens e aos idosos atendidos em nossas unidades espalhadas pelo território nacional.
ELO ACHADO
Numa página que escrevi – publicada na antiga Revista LBV no 170, de junho de 1999, fica expresso esse sentimento que inspira e faz crescer a Legião da Boa Vontade. O texto surgiu de um improviso que fiz na Super Rede Boa Vontade de Rádio: O Amor é Deus:
O Amor é a suprema definição da Divindade. É o elo perdido que a criatura busca na imensidão do estudo científico, que, para mais rapidamente progredir no âmbito social, tem de irmanar-se à Fé sem fanatismos a fim de encontrar esse elo. Há quanto tempo, considero que a Ciência iluminada pelo Amor eleva o Ser Humano à conquista da Verdade!
E o que é mais o Amor?
O Amor é o grande campeão das mais difíceis batalhas. Está presente quando o desassistido, ou o ser amado, precisa do seu socorro. O Amor não pede para si mesmo. O Amor oferece o auxílio que o desamparado suplica. O Amor, com discrição, atende até ao apelo não abertamente expresso. O Amor não deserta, pois socorre sempre. Nunca traz destruição, propicia a Paz. O Amor não adoece, ele se renova para recuperar o enfermo do corpo ou da Alma. Não promove a fome, traz o alimento. O Amor instrui e liberta, porquanto reeduca e espiritualiza. O Amor não constrange, porque confia. Por esse motivo, poetizou Rabindranath Tagore (1861-1941), famoso bardo e filósofo hindu, amigo de Gandhi: “Ó Deus! O Teu Amor liberta, enquanto o amor humano aprisiona”. O Amor é tudo: o enlevo da existência, pois afasta o temor. O Amor, quando é ele mesmo, sempre triunfará, visto que não coage nunca. Enfim, o Amor governa, porque é Deus — mas igualmente Justiça. O Amor é o Elo Achado.
Bem a propósito, em outro conceito, no tocante ao Amor de Deus e à Sua Justiça, escrevi: No Tribunal Celeste vigora o Amor, todavia não existe impunidade. É sempre necessário enfatizar que em consonância ao Amor de Deus permanece também a Justiça Celeste. A sublime redenção exige da criatura reabilitada pelo Amor Divino a devida correspondência em atitudes. De outra forma, seria a glorificação da impunidade.
ANO-NOVO E MENSAGEM DE PAZ
Em As Profecias sem Mistério, defino o Ano-Novo como a renovação da Esperança, cujo resultado depende de nós, criadores da riqueza ou mantenedores da pobreza, individual e coletiva, material e espiritual.
Nosso melhor desejo de feliz Ano-Novo a todos é que possam encontrar, sempre mais, o conforto, a sabedoria e a libertação que as lições do Divino Educador nos proporcionam para a Eternidade: “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho segundo João, 13:34 e 35).
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com