BEZERRA, AMOR E CONVIVÊNCIA PLANETÁRIA


Dedico ao nobre espírito dr. Bezerra de Menezes (1831-1900) — respeitado homem público brasileiro que faz jus ao título de Médico dos Pobres e aniversariava em 29 de agosto — o artigo de hoje.
Ele que soube amar, como poucos, o seu próximo.
Amar é uma lei, e, se soubermos vivê-la, nos elevaremos, renovando tudo à nossa volta. É semelhante a uma explosão de átomos de concórdia, iluminação que ocorrerá, passo a passo, à medida do nosso amadurecimento. Educar é transformar. Reformada a criatura, restaurado o planeta. Contudo, sabemos muito bem que tamanho sucesso não se dá de uma hora para outra. Alguns milênios são insignificantes em cálculo histórico. A maturação das mentes requer esforço, paciência. Descressem, os que nos antecederam, da realidade da vitória à frente do caminho, onde estaríamos? A esperança não pode morrer. Nunca! Ter esperança é fundamental.
Jesus é o Libertador Celeste. Ele afiançou que, se conhecermos a verdade, claro que a divina, ela nos tornará livres. Nada em termos apenas materiais concederá ao cidadão a sua carta de alforria. Ninguém aprisiona a alma de quem possui o coração espiritualmente livre. Gosto de valer-me do exemplo do Gandhi (1869-1948). Muitas cadeias pegou na luta pela independência da Índia. Que realizava então na frieza do cárcere? Escrevia, e suas páginas constituíram-se bandeiras libertárias não somente para o seu povo, como também para outras nações.
Com muita propriedade, ensinou o saudoso dr. Bezerra: “(...) A plena liberdade dá a consciência da suma responsabilidade (...). O bem tem grande força de expansão! (...) Um povo que tem fé cria-se numa atmosfera moral em que bebe a força para o cumprimento de todos os deveres, a mais expansiva força das alegrias da alma, desde a vida terrena”.
Busquemos, pois, a convivência planetária firmada no Amor e no respeito mútuo, sem esquecer a mais elevada concepção de Justiça.

SECA E QUEIMADAS
Por e-mail, o dr. José Renato Nalini, desembargador da Câmara Reservada ao Meio Ambiente, do Tribunal de Justiça de São Paulo/SP, e presidente da Academia Paulista de Letras (APL), escreveu: “Caro pensador Paiva Netto, congratulo-me pelo seu artigo sobre queimadas. São a prova maior da insensatez humana, eis que em sua quase totalidade o fogo é ateado por quem dele quer se beneficiar. A combustão espontânea é rara. Não se respeita o ambiente, descumpre-se a Constituição — artigo 225 — e se maltrata aquilo que não foi criado pelo Homem, mas que ele sabe — célere e inclementemente — destruir. Grande abraço do José Renato Nalini”.
Grato, desembargador. Temos, por intermédio dos meios de comunicação, ferramenta útil para esclarecer e alertar a população sobre os graves malefícios das queimadas à saúde física e planetária.

AINDA “DEUS É CIÊNCIA”
Mais um leitor que me honra com a sua atenção, o radialista Enaildo Viana, de Brasília/DF, comenta: “Gostei muito do artigo ‘Deus é Ciência’. Só o título já quebra um paradigma infantil disseminado ao longo dos últimos séculos, motivado pelo equívoco dos iluministas, que não obstante a grande contribuição à Humanidade, confundiram Deus com as crenças. Criaram uma distância entre Deus e o povo. E, assim, Deus, que é ciência em todos os aspectos, passou a ser motivo até mesmo de vergonha ao ser exposto em qualquer assunto que nos remeta a Ele. Há pessoas que não refletem que a nossa condição de criaturas já sugere a figura do Criador. Ressalto o trecho: ‘(...) Religião é Ciência, Ciência é Religião. Ambas devem honrar a Ciência Moral, que tem pelas criaturas o mais elevado respeito, não as considerando instrumento para fanatização nem reles cobaias (...)’. Espetacular! Quanto à citação de ‘não dar uma de conselheiro Acácio’, digo que não é mesmo, pois o personagem do Eça era vazio e despersonalizado (risos), e o citado artigo dá um show de conteúdo, inspirado pela Espiritualidade Superior. Parabéns!”.

José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

ESTATUTO DO NASCITURO: A VIDA NA CONCEPÇÃO


A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou, em 19/5, o projeto de lei no 478/2007, de autoria dos deputados Luiz Bassuma e Miguel Martini, que institui o Estatuto do Nascituro. Nele fica definido que a vida começa na concepção.
Embora não altere o artigo 128 do Código Penal, que aceita a prática do aborto sob acompanhamento médico nos casos de estupro e risco de morte para a mãe, o projeto reconhece todos os direitos do nascituro. Ao determinar no artigo 4o que “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar ao nascituro, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, ao desenvolvimento, à alimentação, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à família, além de colocá-lo a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”, cria meios para que a mãe tenha seu filho.
Em reportagem de Iolando Lourenço, da Agência Brasil, tomamos conhecimento de que “entre as condições estabelecidas no caso de estupro, o projeto garante assistência pré-natal, com acompanhamento psicológico para a mãe, direito de ser encaminhado à adoção, caso a mãe concorde. O texto também estabelece que, caso o pai da criança seja identificado, ele será responsável por pensão alimentícia e, no caso de não identificação, o Estado será responsável pela pensão. (...) Nascituro é o ser humano concebido, mas ainda não nascido, incluindo aí os seres humanos concebidos in vitro mesmo antes da transferência para o útero da mulher”.
Segundo a matéria, “o texto aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família deverá ser encaminhado à apreciação da Comissão de Constituição e Justiça e, se aprovado, será levado à discussão e votação no plenário da Câmara”.
Aí está: o respeito e a valorização da Vida são os pré-requisitos para a formação de uma sociedade solidária altruística ecumênica.

A CADA HORA, SETE ABUSOS SEXUAIS CONTRA MENORES
Dezoito de maio é lembrado como o Dia Mundial de Erradicação do Trabalho Infantil e o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. No relatório anual da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia), mais de 80% dos abusos sexuais cometidos contra crianças e adolescentes ocorrem dentro da casa da própria vítima. Numa entrevista concedida ao programa “Resumo dos Acontecimentos”, da Super Rede Boa Vontade de Rádio, a psicóloga Ângela Ester Ruschel, do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, em Porto Alegre/RS, apontou como ajudar meninos e meninas a superarem esse trauma: “É muito importante que a família possa acreditar quando a criança fala de alguma situação por mais estranha ou esdrúxula que possa parecer. Essa possibilidade de ser ouvida, de a família acreditar no que ela está falando, de buscar recursos para fazer a denúncia, enfim, isso é fundamental para que essa criança ou adolescente consiga superar esse drama”.
Outra triste estatística divulgada pela Abrapia assinala que, a cada hora, sete crianças ou adolescentes sofrem algum tipo de abuso sexual no Brasil. Para a psicóloga do Hospital Moinhos de Vento, na capital gaúcha, e doutora formada pelo Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Ana Carolina Peuker, “os pais devem observar se a criança está mais arredia, se tem demonstrado sinais de que anda assustada. Esses podem ser um forte indício de que alguma coisa pode estar acontecendo de errado. A partir de um ano e meio, é importante que os pais já comecem a orientá-la a respeito do próprio corpo, transmitindo informações que possam prevenir abusos de qualquer natureza”. E alerta: “Os pais também devem prestar atenção aos próprios adultos que convivem com seus filhos”.
É obrigação da sociedade proteger nossas crianças desses facínoras. O serviço Disque Denúncia, contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes, o disque 100, é essencial no combate a esse crime hediondo. Vale ressaltar que a ligação é gratuita.

José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

A SUBLIME EXISTÊNCIA ENTRE NÓS

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No capítulo 17 do Evangelho narrado por João, Jesus deixou-nos uma das mais belas e tocantes páginas de Sua Sublime Existência — a Oração ao Pai Celestial, em que mostra toda a força do Seu Amor àqueles que Lhe foram entregues por Deus para cuidar. E, como dedicado Pastor do rebanho humano, ensinou a respeito do Seu Mandamento Novo — “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos”. Assegurou que “ninguém tem maior Amor do que doar a própria Vida pelos seus amigos” (Evangelho segundo João, 13:34 e 35; 15:13). E o Cordeiro de Deus imolou-Se pelo mundo. Até em favor dos que se consideravam Seus adversários e O levaram à crucificação. De fato, não há maior altruísmo que esse — oferecer-se em sacrifício pela Humanidade, alheia à sua sobrevivência coletiva. Ocorre, no entanto, que ao terceiro dia o Cristo Ecumênico ressuscitou, esteve quarenta dias com os discípulos, e o anúncio de Seu glorioso retorno à Terra — não mais para ser crucificado — é tão presente na Sua Missão, que os Anjos o confirmam no momento de Sua volta ao Plano Espiritual: “E ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem O encobriu dos seus olhos. E, estando todos com a visão fita no Céu, enquanto Ele subia, eis que dois Anjos vestidos de branco se puseram ao lado deles, e lhes perguntaram: Galileus, por que estais olhando para o Alto? Este Jesus, que dentre vós foi alçado aos Céus, assim voltará como O vistes subir” (Atos dos Apóstolos, 1:9 a 11).

MAIOR ÊNFASE À RESSURREIÇÃO
Em 1o de abril de 1983, Sexta-Feira Santa, na Casa D’Itália, Salvador/BA, ao lançar o Livro Jesus, declarei: Na Sua vitória sobre a morte está a mola impulsionadora do Cristianismo, a certeza do triunfo, sobre si mesmos, dos Seus discípulos. A grande Mensagem da Semana Santa na atualidade, quando os povos insistem em invocar a morte, fazendo dela a sua deusa, é que o Divino Chefe nunca esteve realmente morto. O Espírito não se extingue. Razão por que somos imortais. Fomos criados à imagem e semelhança do Altíssimo. E “Deus é Espírito”, consoante revelou o Educador Celeste à samaritana no poço de Jacó (Evangelho segundo João, 4:24). Jesus Espírito ressurgiu aos olhos humanos. Com esse ato extraordinário, criou na alma dos Seus seguidores coragem capaz de enfrentar todos os ódios e perseguições mundanas, sem que sejam também portadores desse comportamento malsão. Por isso sempre destaco que valentia é aceitar uma incumbência, por mais difícil que pareça, e levá-la, com todo o brio, até o término. Sem desanimar, com os olhos fitos no Cristo de Deus.

JESUS VENCEU A MORTE
Conta o Evangelho conforme Lucas, 9:60, que certa feita a um jovem que desejava segui-Lo, contudo antes pretendia sepultar o pai, que morrera, o Excelso Pedagogo, com o intuito de testá-lo, aconselhou: “Deixa aos mortos enterrarem seus mortos. Tu, porém, vai, e anuncia o Reino dos Céus”. E nas anotações de Marcos, 12:27: “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos”, isto é, de seres eternos. E completou: “Por não crerdes nisto, errais muito”.
O inesquecível recado de Sua Paixão, principalmente para esta época de Tempos chegados, é a vitória sobre a morte.
Na Primeira Carta aos Coríntios, 15:55, encontramos esta contudente indagação do Apóstolo Paulo: “Morte, onde está a tua vitória? Onde, o teu aguilhão?”.
Na verdade, os mortos não morrem. Para os que têm olhos de ver e ouvidos de ouvir, a morte é um boato.
Ao suplantá-la, Jesus pôde demonstrar o que dissera na Boa Nova dos relatos de João, 16:33: “Eu venci o mundo”. E o Mestre quer que, com Ele, igualmente o façamos. Quando as nações conhecerem melhor a realidade da vida espiritual, eterna, vão reformular tudo nos relacionamentos sociais, inclusive no âmbito planetário. Por enquanto, a sociedade permanece firmada quase que unicamente na matéria, que é um manto a esconder do Ser Humano o verdadeiro sentido de sua existência. Daí os equívocos, por vezes trágicos, não apenas na religião, mas na política, na arte, nos esportes, na ciência, na filosofia, e por aí vai. É comparável à lenda egípcia dos peixes que, vivendo no fundo de um laguinho, não davam crédito às notícias da presença de rios, mares e oceanos imensamente superiores ao seu restrito hábitat, preferindo, temerosos, vagar pela escuridão da mediocridade.
É o caso das criaturas terrenas imprevidentes, ameaçando-se a si mesmas com os perigos inenarráveis de uma destruição indescritível, pois o pequeno lago veio a secar e todos sucumbiram estorricados. Entretanto, como afirmava Teócrito (320-250 a.C), “enquanto há Vida, há esperança”. E a Vida é eterna.

DE XAPURI PARA O MUNDO
Na segunda-feira, 29/3, aos 83 anos, o veterano jornalista e cronista esportivo Armando Nogueira voltou à Pátria Espiritual. Um dos nomes mais importantes do telejornalismo brasileiro, Armando tinha no esporte a sua grande paixão. Autor de vários livros, conseguiu dar à prática esportiva caráter poético e filosófico.
Em 1997, quando recebi das mãos do dr. João Havelange o Troféu Bola de Ouro pela Campanha “LBV — Esporte é Vida, não violência!”, Armando afirmou: “Eu me orgulho muito em ver sempre nos estádios uma faixa com o slogan da LBV contra a violência. Sou também um apóstolo contra a violência. A LBV tem prestado um serviço muito grande, indo aos estádios e desfraldando a bandeira da confraternização e da Paz”.
Solidarizo-me com os parentes e amigos do nobre jornalista, enviando vibrações de Paz ao seu Espírito eterno.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

JESUS RESSUSCITOU. E NÓS COM ELE - É PÁSCOA

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Minhas irmãs e meus amigos, minhas amigas e meus irmãos, a Semana Santa nos convida a refletir sobre o significado da ressurreição. Contém notável simbolismo, ainda que você literalmente nela não creia. Não há como negar-lhe o recado de renovação da esperança, mesmo nas piores contingências humanas e sociais. Jesus, o Cristo Ecumênico, ressuscitou. E nós com Ele, todas as vezes que integrados estamos no Seu pensamento de Amor, Justiça e Solidariedade. Foi sepultado, contudo reapareceu à visão de todos, três dias depois. Cada um deles correspondendo a uma figura da Trindade Sagrada, dispostas na ordem inversa: o Espírito Santo, o Cristo e a explosão de luzes quando Ele ressurgiu em Deus, que é o Senhor da Vida, o Criador de todas as criaturas, o Supremo Arquiteto do Universo.
Ora, qualquer inspiração para uma existência feliz deveria ser, sem restrições sectárias, buscada no texto bíblico em sua parte divina: “O testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (Apocalipse, 19:10). Os profetas são, pelos milênios, guardiães desse testamento, da mensagem de paz, equilíbrio e confiança que Deus envia aos seres terrestres. Se, vates que são, corajosos não fossem, se não enfrentassem com audácia os tropeços, como hoje herdaríamos o testemunho do Cristo? E esse não principia, conforme pensam alguns, no Evangelho segundo Mateus. Vem desde a Gênese mosaica, porque tudo foi uma preparação, consonante preconizava Alziro Zarur (1914-1979), para a Primeira Vinda do Provedor Celeste e o Seu retorno triunfal.

Jamais temer os desafios

Quando da crucificação do Mestre, clamavam entristecidos, e mesmo assustados, os Seus seguidores: “Jesus morreu!”.
No entanto, Ele ressuscitou. Por isso, jamais temamos coisa alguma, incluída a morte (sem que nunca a provoquemos), que é um fatalismo em toda existência material. Todavia, não nos esqueçamos de que a Vida é eterna. Não acabamos no túmulo ou servindo de pasto às aves de rapina. O corpo é somente a vestimenta da Alma. Daí a responsabilidade de cuidarmos bem dele.

Amparo espiritual

Que sentimento profundo nos toma à simples rememoração da trajetória magnífica do Cristo de Deus, que baixou até nós para que tenhamos espírito e vida, de forma que a promessa que lemos no Profeta Joel, 2:28 e 29, seja sempre realizada: “E acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias!”.
E Jesus, na Boa Nova segundo Marcos, 13:11, confirma: “Quando, pois, vos levarem e entregarem perante os tribunais, não vos preocupeis com o que havereis de dizer, mas aquilo que vos for concedido naquela hora, isso falai; porque não sois os que falais, porque o Espírito Santo falará por vós”.
Em Seu Evangelho segundo João, 11:25 e 26, o Cristo revela: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente. Credes, porém, nisto que vos digo?”.
Nós e tanta gente pelo mundo com lealdade proferimos: Sim, Jesus, cremos! cremos! cremos! E toda a nossa fortaleza está nessa inquebrantável convicção, porque Contigo aprendemos, nas anotações do Discípulo Amado, que Tu és a árvore, nós apenas os ramos. Portanto, nada poderemos realizar sem aquele poder que do Pai Celestial desce sobre o Filho. E esse Filho, sabemos que és Tu, Aquele que manda a nós os Anjos Benfeitores, consoante revela Paulo Apóstolo na Epístola aos Hebreus, 1:14: “em favor daqueles que hão de herdar a salvação”. Esses Anjos são os nossos amigos espirituais, Almas benditas, protetores, Espíritos de Deus, aqueles que também formam a gloriosa falange de Francisco de Assis, Patrono da LBV, que completou, em 1o de janeiro de 2010, 60 anos de profícua existência.

Vida nova

Eis, pois, que todo dia é recomeço para os que não desprezam o tempo e permanecem na Fé Realizante que inspira e promove as Boas Obras, destacadas por Jesus como incentivo para a vida, porquanto Ele próprio assevera: “Na vossa perseverança salvareis as vossas almas” (Evangelho segundo Lucas, 21:19).

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

HILLARY CLINTON RECEBE MENSAGEM DA LBV

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A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, simpaticamente recebeu, na capital paulista, exemplar, em inglês, da revista Boa Vontade Mulher. Ao folheá-la, deteve-se no artigo “O Milênio das Mulheres”, no qual abordo a importância da Alma feminina na resolução dos problemas mundiais.

A equipe do Portal Boa Vontade apresenta-nos outras informações:

“Essa edição especial da revista (nos idiomas português, francês, inglês e espanhol) traz as recomendações e práticas bem-sucedidas da LBV na busca da igualdade de gêneros. A publicação é dirigida aos participantes da 54a sessão da Comissão sobre o status da Mulher, que teve início na segunda-feira, 1o de março, e prossegue até dia 12, na sede da ONU, em Nova York (EUA).
“A dra. Hillary esteve no auditório da Faculdade Zumbi dos Palmares – cujo reitor é o amigo da LBV dr. José Vicente –, onde respondeu a perguntas de universitários e professores que prestigiaram o encontro nesse centro de ensino paulistano. O evento marcou a implementação do Plano de Ação Brasil–Estados Unidos para Eliminação do Racismo.
“A ex-senadora ressaltou a assinatura de memorando na área política que prevê a promoção da igualdade de gêneros: ‘Hoje em Brasília, assinamos alguns memorandos entre os Estados Unidos e o Brasil sobre como melhorar a igualdade dos gêneros, para que meninas e mulheres recebam as mesmas oportunidades que meninos e homens’.
“Ao falar sobre a violência doméstica, destacou: ‘Há muitas barreiras que impedem a atuação da mulher; algumas são psicológicas, outras, culturais e históricas. Novamente, temos visto progresso, mas ainda precisamos ter a certeza de que todos nós lutamos contra a violência doméstica, pois ela não pode ser tolerada em lugar algum, em momento algum’.
“A secretária de Estado chegou no fim da tarde de quarta-feira a São Paulo, após cumprir, na parte da manhã, agenda oficial em Brasília/DF, onde se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o embaixador Celso Amorim a fim de discutir assuntos gerais de política global, entre os quais projetos de ajuda humanitária a países da África e ao Haiti, devastado por terremoto em janeiro.
“Em sua primeira visita oficial à América Latina como secretária de Estado, Hillary Clinton também cumpriu agenda de compromissos no Uruguai e no Chile. Depois do Brasil, seguiu para a Costa Rica e a Guatemala”.

CHEFE DA SEÇÃO DE ONGS DO ECOSOC/ONU VISITARÁ A LBV

Danilo Parmegiani, representante da Legião da Boa Vontade na ONU, nos relata:
“Recebemos a confirmação oficial do dr. Andrei Abramov, chefe da Seção de ONGs do Ecosoc (Conselho Econômico e Social da ONU), ao convite da LBV para que represente as Nações Unidas em quatro eventos do 7o Fórum Intersetorial Rede Sociedade Solidária. Ele será nosso convidado entre os dias 13 e 20 de março e participará dos debates em São Paulo/SP (15/3), Buenos Aires, Argentina (16/3), Brasília/DF (17/3) e Rio de Janeiro/RJ (19/3).
“Trata-se da maior autoridade no assunto ‘ONGs com relação consultiva com a ONU’”.
Grato, Danilo, pela excelente notícia.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
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60 ANOS DE FRATERNIDADE

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Ao raiar de 2010, a fraterníssima Legião da Boa Vontade completará 60 anos de profícua existência. Seis décadas ao lado do povo, ajudando-o a suplantar as mais árduas pelejas da vida. Nascida na cidade do Rio de Janeiro, no dia da Confraternização Universal, em 1o de janeiro de 1950, pela genialidade do saudoso jornalista, radialista e ativista social Alziro Zarur (1914-1979), a LBV tem como logomarca um coração azul, entrelaçado por 34 elos – referência ao número do versículo do capítulo 13 do Evangelho de Jesus segundo João: “Amai-vos como Eu vos amei”. Nela ainda se lê o Cântico dos Anjos aos pastores no campo, quando do nascimento do Cristo Ecumênico: “Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade”. É o grande símbolo de sua atuação solidária e ecumênica, quer dizer, universal.
A comemoração dessa data dá-se graças ao apoio popular. Vem dele a força motriz que levou a Instituição, em 2009, a cumprir o desafio, lançado por ela mesma, de distribuir, em todo o Brasil, a famílias de baixa renda, mais de um milhão de quilos de alimentos. Isso sem contar os seus programas socioeducacionais, pautados pela Pedagogia do Afeto e pela Pedagogia do Cidadão Ecumênico que asseguram diariamente um padrão de qualidade nas ações voltadas às crianças, aos jovens e aos idosos atendidos em nossas unidades espalhadas pelo território nacional.

ELO ACHADO
Numa página que escrevi – publicada na antiga Revista LBV no 170, de junho de 1999, fica expresso esse sentimento que inspira e faz crescer a Legião da Boa Vontade. O texto surgiu de um improviso que fiz na Super Rede Boa Vontade de Rádio: O Amor é Deus:
O Amor é a suprema definição da Divindade. É o elo perdido que a criatura busca na imensidão do estudo científico, que, para mais rapidamente progredir no âmbito social, tem de irmanar-se à Fé sem fanatismos a fim de encontrar esse elo. Há quanto tempo, considero que a Ciência iluminada pelo Amor eleva o Ser Humano à conquista da Verdade!
E o que é mais o Amor?
O Amor é o grande campeão das mais difíceis batalhas. Está presente quando o desassistido, ou o ser amado, precisa do seu socorro. O Amor não pede para si mesmo. O Amor oferece o auxílio que o desamparado suplica. O Amor, com discrição, atende até ao apelo não abertamente expresso. O Amor não deserta, pois socorre sempre. Nunca traz destruição, propicia a Paz. O Amor não adoece, ele se renova para recuperar o enfermo do corpo ou da Alma. Não promove a fome, traz o alimento. O Amor instrui e liberta, porquanto reeduca e espiritualiza. O Amor não constrange, porque confia. Por esse motivo, poetizou Rabindranath Tagore (1861-1941), famoso bardo e filósofo hindu, amigo de Gandhi: “Ó Deus! O Teu Amor liberta, enquanto o amor humano aprisiona”. O Amor é tudo: o enlevo da existência, pois afasta o temor. O Amor, quando é ele mesmo, sempre triunfará, visto que não coage nunca. Enfim, o Amor governa, porque é Deus — mas igualmente Justiça. O Amor é o Elo Achado.
Bem a propósito, em outro conceito, no tocante ao Amor de Deus e à Sua Justiça, escrevi: No Tribunal Celeste vigora o Amor, todavia não existe impunidade. É sempre necessário enfatizar que em consonância ao Amor de Deus permanece também a Justiça Celeste. A sublime redenção exige da criatura reabilitada pelo Amor Divino a devida correspondência em atitudes. De outra forma, seria a glorificação da impunidade.

ANO-NOVO E MENSAGEM DE PAZ
Em As Profecias sem Mistério, defino o Ano-Novo como a renovação da Esperança, cujo resultado depende de nós, criadores da riqueza ou mantenedores da pobreza, individual e coletiva, material e espiritual.
Nosso melhor desejo de feliz Ano-Novo a todos é que possam encontrar, sempre mais, o conforto, a sabedoria e a libertação que as lições do Divino Educador nos proporcionam para a Eternidade: “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho segundo João, 13:34 e 35).


José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

MANDELA, CARNAVAL DA BONDADE E GRUPO ESTADO

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No dia 11 completou duas décadas da libertação do advogado e líder político Nelson Rolihlahla Mandela, ícone da luta contra o Apartheid, na África do Sul. Em 1990, aos 72 anos, deixava o presídio de Robben Island, na Cidade do Cabo. Quatro anos mais tarde se tornaria o primeiro presidente negro de seu país.
O regime de segregação racial sul-africano vinha de longa data, Gandhi lutou contra isso desde o século 19. Mas a situação se impôs completamente, com uma legislatura impiedosa, quando da vitória, nas eleições de 1948, dos africânderes (estabelecidos na região a partir dos séculos 17 e 18, descendentes de colonos calvinistas dos Países Baixos, além da Alemanha e da França).
Principal opositor do Apartheid, sistema que não reconhecia os direitos políticos, sociais e econômicos dos negros, Mandela, Prêmio Nobel da Paz de 1993 ao lado do ex-presidente sul-africano Frederik Willem de Klerk, é considerado um dos mais fortes emblemas da luta pela liberdade.
Perto de completar 92 anos, dedicamos ao seu poderoso coração este aforismo que cunhei, o qual reflete de modo irretocável a sua lição de vida: Ninguém aprisiona o Espírito de um Homem livre.
Em 1997, Nelson Mandela foi condecorado, no Brasil, com a Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, láurea entregue pelo ParlaMundi da LBV àqueles que mais se destacam em suas áreas de atuação e tendo como princípio básico a Solidariedade sem fronteiras.

HOMENAGENS AO TBV

Com gáudio recebo a notícia de Gizelle Tonin de Almeida, superintendente de Marketing e Comunicação da LBV, sobre mais um importante reconhecimento popular e cultural do Templo da Boa Vontade, TBV, instalado em Brasília/DF, desta vez pelo Grêmio Recreativo Escola de Samba Tom Maior, do grupo especial de São Paulo/SP. Neste ano, a escola desfila no Sambódromo do Anhembi, no dia 13, com o enredo “Brasília, do sonho à realidade – São Paulo homenageia os 50 anos da capital coração do Brasil”. O TBV, monumento mais visitado do Distrito Federal, uma das Sete Maravilhas de Brasília, está em destaque no belo carro alegórico que traduz a mística do 3o milênio, ao retratar símbolos religiosos e de fé presentes na capital do país.
Nossos agradecimentos aos amigos da Tom Maior, na figura de seu presidente, Marko Antonio da Silva, e do carnavalesco Roberto Szaniecki.
Gratos ficamos igualmente à Associação Recreativa e Cultural Mocidade Unida da Glória, de Vitória/ES, que, no enredo “Deixei de ser moderna, para ser eterna... Brasília!”, apresentou, no dia 5, o Templo da Boa Vontade nas vestimentas alegóricas da ala intitulada “Guardiães da Espiritualidade”. Nossa saudação ao presidente da escola, Carlos Roberto dos Santos Ribeiro, e ao carnavalesco Petterson Alves.

ALEGRIA SEM BAIXARIA

Na LBV, desde os seus primórdios, comemoramos o Carnaval da Bondade, que propõe alegria sem baixaria.
A Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV e internet) permanece no ar 24 horas a serviço do Ser Humano e seu Espírito eterno. Na década de 1980, na Folha de S.Paulo, comentei que o sofrimento não quer saber se hoje é folia, feriado, dia santo; se chove ou se faz sol, as pessoas continuam padecendo... E justamente por conhecer os dramas das criaturas, a LBV não cessa o seu generoso trabalho de levar a mensagem do Novo Mandamento do Cristo — “Amai-vos como Eu vos amei” (Evangelho segundo João, 13:34) — aos seres desesperados, aos corações sequiosos de uma palavra de ânimo, mesmo em dias de carnaval.
Eis o espírito que norteia nossos festejos no Carnaval da Bondade. Aliás, os compositores legionários fizeram um samba daqueles, cujo refrão já anuncia, no abre-alas: “O Carnaval da Bondade é Amor./ É Fraternidade com fervor./ O Carnaval da Bondade é alegria,/ fazemos Caridade noite e dia”. Está aí. Com letra e música de Marcos Costa, o samba é puxado por Zé Paulo.
E salve o Carnaval da Bondade! Hosanas à Cruzada Salvemos Vidas, da LBV!

50 ANOS

O Portal Boa Vontade registrou as comemorações dos 50 anos da Associação Recreativa Julio Mesquita, na segunda-feira, 1o de fevereiro, em São Paulo/SP. O evento contou com a participação do Coral Ecumênico Infantil Boa Vontade. A convite da instituição aniversariante, as crianças da LBV abrilhantaram a cerimônia, prestigiada por dirigentes e funcionários do Grupo Estado. O seu diretor-presidente, Silvio Genesini, afirmou: “Ficamos muito contentes com a festa, porque a LBV pôde participar. É uma data muito especial”.
Com vasto repertório, o Coral encantou a todos, apresentando melodias que exaltam a valorização da Natureza e a Paz. Nos jardins do Estadão, os pequeninos da LBV foram chamados a plantar uma muda de ipê-amarelo, cuja flor é símbolo nacional, marcando o ápice da solenidade.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
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BRASIL E ABALOS SÍSMICOS

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O Brasil registrou, no dia 11, um terremoto de magnitude 4,3 em Taipu, litoral do Rio Grande do Norte, segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis-UnB). O abalo foi sentido por algumas cidades do Nordeste, contudo não há relatos de danos ou feridos.
Diante dos recentes fatos, alguém pode arguir se corremos o risco de vivenciar tragédia causada por forte tremor de terra.
Em reportagem da BBC Brasil em Londres, assinada por Maria Luisa Cavalcanti, o chefe do Obsis-UnB, George Sand França, aponta que “a hipótese de um terremoto de consequências graves no Brasil é muito rara, mas não pode ser descartada”. Na entrevista, “França enumera uma série de fatores que poderiam influenciar no resultado de um tremor em território brasileiro, como o aumento da densidade populacional, a falta de estruturas resistentes a abalos e comparações com catástrofes ocorridas em locais com características geológicas semelhantes. (...) Desde o início das primeiras medições instrumentais, no início da década de 50, o tremor mais forte já registrado no Brasil atingiu 6,2 graus e ocorreu em 1955 em Porto dos Gaúchos/MT. ‘Hoje, a concentração demográfica da região é muito maior, então dá para se imaginar o que pode acontecer se houver um terremoto igual novamente’, afirmou França. (...). Já para o britânico Julian Bommer, professor de avaliação de risco de terremotos da Imperial College, de Londres, a frequência e a intensidade dos tremores no Brasil não justificam um investimento em estruturas específicas para resistir a abalos. ‘É melhor gastar com a proteção a incidentes mais comuns e urgentes no país, como a violência e as inundações’, afirmou ele à BBC Brasil. ‘Apenas para estruturas mais críticas, como barragens e usinas nucleares, deveria se investir em construções antissísmicas.’ Bommer, no entanto, endossa a ideia de que, apesar de ser uma possibilidade muito pequena, o Brasil pode estar sujeito a um terremoto de consequências graves”.

O FUTURO DE GAIA
O momento convida a uma profunda reflexão sobre o grau de influência com que nós, Humanidade, temos contribuído para o recrudescimento desses tristes fatos por que passa o orbe: secas; enchentes; deslizamentos; camada de ozônio ferida; as 271 ultrapassagens do padrão aceitável da qualidade do ar para a saúde, provocadas pelo ozônio em 2009, em São Paulo, um acréscimo de 34% em relação a 2008, de acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Sem contar a falta de prioridade, no caso do Brasil, em construções à prova de sismos. A respeito desse último item, entende-se, porquanto por aqui nada tivemos de verdadeiramente assombroso.
Meditar e agir em prol da melhoria do planeta não é mais bandeira de alguns idealistas; é plano de salvação de nossa morada coletiva. O futuro de Gaia nunca esteve tão dependente de nossa atitude.

MEMÓRIAS
O veterano jornalista Sebastião Nery, um dos mais respeitados da atualidade, lançou, com grande prestígio, o livro A Nuvem – O que ficou do que passou – 50 anos de História do Brasil.
Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Rádio, Nery comentou a obra: “Em 15 livros, contei a história dos outros. Agora, achei que era a hora de continuar contando a história dos outros, mas a partir de mim. É um depoimento de todas as coisas que vi, de Getúlio a Lula. É um relato sobre a vida política do Brasil destes cinquenta e tantos anos e, sobretudo, a minha vida profissional de jornalista, porque há cinquenta e cinco anos escrevo em jornais todos os dias”.
Minha amizade com Sebastião Nery é antiga. Conhecemo-nos desde que eu era muito novo, conforme ele próprio lembra: “Quando cheguei ao Rio de Janeiro, trabalhava na TV Globo, mas também na Rádio Mundial, onde imperava o nosso saudoso e sábio, era um homem sábio, Alziro Zarur. Lá conheci o nosso Paiva Netto, que é mais novo do que eu; éramos muito jovens, mas já era a pessoa da absoluta confiança do Alziro Zarur, era o sucessor. Tanto era, que brincava com ele, dizendo: Ei, sucessor! Porque ele era realmente uma pessoa muito bem dotada, como provou depois, com uma visão muito clara do Cristianismo. (...) E a minha admiração por ele vem sobretudo daí; ele não deixou a peteca cair. Pegou uma grande Obra e ampliou-a e tornou a Legião da Boa Vontade esta coisa fantástica”.
O autor, como sempre generoso, enviou-me um exemplar de seu novo trabalho, com a seguinte mensagem: “Meu irmão, que honra assinar este livro para você! A amizade do Sebastião Nery. Rio, 2009”.
Grato, Nery, por sua bondade.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com